quinta-feira, 5 de novembro de 2009

«18 frescos e 2 secos»: pão pelos golos do Sp. Braga ao Benfica

José Oliveira é padeiro, presidente do clube do bairro da Biquinha, em Matosinhos, e sobrinho de Domingos Paciência. É notícia porque hoje cumpriu uma promessa: oferecer aos moradores daquele bairro social 2000 pães. Mil por cada golo que o Sp. Braga marcou ao Benfica.
«A ideia surgiu quando vi o Jorge Jesus contra o Nacional a fazer o gesto dos quatro dedos. Lembrei-me que na semana seguinte podia fazer-lhe os cinco dedos. Infelizmente não posso, não jogo. Então surgiu a ideia de oferecer 1.000 pães por cada golo que o Braga marcasse ao Benfica. Falei com o meu patrão, que aceitou logo», conta José Oliveira à Lusa.



Dezoito frescos e dois secos» foi a prenda para cada morador do bairro. «O Braga havia era de dar 5-0 para serem 5.000 pães. Dois mil não chega, pois há muita pobreza no bairro. Levo 20 para as minhas vizinhas. Felizmente eu não preciso. Eles tinham a mania que iam dar sete ou oito, como aos pequenos. Saiu-lhes o tiro pela culatra e levaram 2-0», diz Jorge Monteiro, um dos moradores. Maria Fernanda também quis, mesmo sem saber a que se devia o presente. «Não sou de partido nenhum», atirou, para depois gritar «vivas» ao Sp. Braga, quando soube do que se tratava.
José Oliveira conta que Domingos lhe chamou «louco» quando soube da iniciativa: «Ele disse que eu era maluco em estar a oferecer 1.000 pães. Se calhar pensou que ia dar uma goleada ao Benfica e que eu ia ter muito trabalho. Já estava a contar com 5.000 pães, por isso isto não é prejuízo nenhum.»

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